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O que é “Pseudoatrose” do escafóide?

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esacafoide1Toda vez um que osso ( qualquer osso) sofre uma fratura, ele pode consolidar (colar) ou não.

Toda vez um que osso ( qualquer osso) sofre uma fratura, ele pode consolidar (colar) ou não. Algumas vezes, por vários motivos, um osso pode "quebrar e não colar", e isso vale ( e de fato pode acontecer ) em todos os ossos do corpo.  Quando isso acontece, desenvolve-se uma situação que é chamada de "pseudoartrose" ( do grego pseudo – falso,  e artrose – articulação), ou seja, forma-se uma "falsa junta" na região.

A pseudoartrose do escafóide, assim, é a situação em que o osso "quebrou, mas não colou".

E ISSO É COMUM?
Infelizmente, sim. A pseudoartrose do escafóide é um problema muitas vezes de difícil resolução, e esta resolução é sempre cirúrgica. Existem vários motivos que explicam o alto índice de pseudoartrose do escafóide  :

- em primeiro lugar, muitas vezes o diagnóstico da fratura não é feito. Como dito no texto sobre fratura do escafóide, muitas vezes o paciente tem dor mas não tem alterações ao Raio-X, no momento do trauma inicial. Assim, ele fica imobilizado por poucos dias, e depois pára o tratamento, achando que teve apenas uma "pancada" no punho. Um outra possibilidade é que o médico não oriente bem o paciente, e nesse sentido o paciente não volta para retorno. Evidentemente, a dor vai se mantendo, nos primeiras semanas, mas depois vai melhorando, e some, e então o paciente acha que o problema foi resolvido.

- em segundo lugar, o tratamento, como também dito no texto sobre fratura do escafóide, é longo, e o gesso deve ser muito bem feito.  Assim, muito pacientes simplesmente não seguem o tratamento até o fim, e a fratura não tem, então,  "tempo suficiente para colar, estando na posição certa".

E ESTA PSEUDOARTROSE DÓI?
Nem sempre o punho dói, assim que uma pseudoartrose de escafóide se estabelece. Todavia, a longo prazo espera-se dor e perda de força na mão. Mais importante ainda é dizer que, uma vez que exista uma pseudoartrose de escafóide, mesma que sem dor, o punho vai invariavelmente evoluir para artrose.  Isso quer dizer que a junta vai desenvolver um fenômeno de desgaste ( como no joelho de pacientes mais idosos, por exemplo), que além de ser extremamente doloroso, e de dificílima resolução.

E O QUE FAZER SE JÁ EXISTE O QUADRO ?
Uma vez estabelecida a pseudoartrose do escafóide, é interessante que o paciente seja rapidamente submetido a cirurgia, mesmo que tenha pouca dor !!!!!!

O tipo de técnica a ser usada depende de vários fatores : idade do paciente, tempo decorrido entre o trauma inicial e momento atual, grau de artrose do punho, etc. Todavia, todas as técnicas cirúrgicas tem a mesma intenção : promover a consolidação do osso e devolver ao paciente uma mão que não dói, com o melhor grau de movimentação possível.

Entretanto, como se diz , "cada caso é um caso", e nesse sentido cada paciente deve ter seu caso individualizado, para que possamos estabelecer o melhor tratamento possível.

Dr. Sérgio Rowinski é membro da equipe Taktos.
Médico ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo.


Quando operar uma fratura de mão

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A mão e o punho são responsáveis por um complexo sistema de movimentos e funções, primordiais para as atividades diárias. Assim, quando uma lesão acomete alguma destas estruturas, a preocupação é se conseguiremos restaurar a função normal da mão.

A resposta a esta questão passa por um exame clínico cuidadoso, associado a exames radiológicos adequados. É importante determinar qual (ou quais) ossos foram acometidos, se a fratura é articular ou não e se ela apresenta um traço simples ou é cominutiva (vários fragmentos). A partir desta avaliação, determinamos a melhor estratégia de tratamento para atingir o objetivo desejado.

A grande maioria das fraturas ainda têm como primeira opção o tratamento conservador, ou seja, é feita a manobra de redução para alinhar a fratura, quando houver desvio, e aplicada uma imobilização gessada, que é mantida por 4 a 8 semanas, dependendo do osso fraturado. Em geral, o tratamento conservador traz bons resultados, tendo como inconvenientes apenas o tempo prolongado de imobilização e, consequentemente, longos períodos de afastamento das atividades.

Já o tratamento cirúrgico, apesar de mais agressivo, proporciona um reestabelecimento mais preciso da anatomia e uma reabilitação mais precoce uma vez que, normalmente, não requer imobilização. A queixa mais relatada pelos pacientes que realizam a cirurgia é a dor e o inchaço nos primeiros dias do pós-operatório.

A decisão sobre qual o melhor método para tratar uma determinada fratura sempre passará pela avaliação do especialista, quando o paciente deverá aproveitar para tirar todas as suas dúvidas.

Goleiro fratura a mão em gravação de comercial

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Que fase! O Jovem goleiro Kevin Trapp, da seleção alemã sub-21 e do Eintracht Frankfurt, quebrou sua mão enquanto gravava um comercial com os demais convocados da seleção de base alemã.

Trapp terá que passar por uma cirurgia na mão e, provavelmente, ficará de fora das últimas 8 rodadas da Bundesliga. Oka Nikolov, goleiro reserva de 38 anos do Eintracht, é o seu substituto imediato.

O jovem goleiro é o melhor rankeado no site da Kicker, que faz uma seleção dos melhores do campeonato com base em suas médias nas partidas. O Eintracht é o quarto colocado na Bundesliga, mas só conseguiu 3 pontos nos últimos 6 jogos.

Fratura de Metacarpo - Entenda a Lesão

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Os metacarpos são os ossos que dão suporte para a mão. São bem superficiais na porção dorsal da mão (parte de cima ) e cobertos por tendões e músculos na parte volar (palma).

A fratura do metacarpo geralmente ocorre por uma lesão indireta, ou seja, não por trauma em cima do osso e sim por torção do dedo. Este movimento ocasiona a fratura do metacarpo que se localiza na base da mão. Este foi o mecanismo da lesão da Lais que trancou o seu dedo em pano durante um movimento de giro, resultando a fratura.

Os acidentes de trânsito são outras situações comuns onde ocorrem este tipo de fratura. A mão fica presa ao volante e torce bruscamente no impacto.

O metacarpo por ser coberto por músculos e ligado aos outros ossos por fortes ligamentos, quando sofre uma fratura geralmente não tem deslocamento grave e pode ser tratada com gesso.

Um tipo diferente de fratura , que ocorre por trauma direto, é a fratura da porção final do quinto metacarpo, que chamamos de "fratura de boxer". Ela ocorre quando se dá um soco com a mão fechada e todo o impacto acontece na borda do quinto dedo, causando fratura com deslocamento. Essa lesão é geralmente de tratamento cirúrgico.

O tratamento das fraturas de metacarpo são geralmente de tratamento conservador (sem cirurgia). Porém em casos especiais como fraturas com grande deslocamento ou encurtamento, fraturas de mais de um metacarpo e fraturas com vários fragmentos, está indicada a cirurgia. Também nos casos de atletas de elite ou profissionais liberais, em que se queira encurtar o tempo de imobilização e reabilitação, está indicada a cirurgia.

O grande problema das fraturas de metacarpo é que não podem ficar imobilizadas com gesso por muito tempo, principalmente com os dedos esticados. Uma das complicações mais frequentes é a rigidez articular. Assim, após no máximo 3 semanas, as articulações devem ser liberadas para início da movimentação dos dedos.

No casos de cirurgias para as fraturas de metacarpos pode-se usar diferentes técnicas. Podem ser usados fios de aço ou placas e parafusos. Com a evolução da tecnologia surgiram materiais de fixação rígidos e seguros o suficiente para permitir a retirada precoce do gesso e o início da fisioterapia, sem risco de deslocamento da fratura. A anestesia para esse tipo de cirurgia é o bloqueio regional, só na mão lesionada. Raramente o paciente fica internado no hospital, podendo ser liberado após uma ou duas horas do procedimento.

Tanto no tratamento com gesso quanto nos casos de cirurgias, as fraturas de metacarpo consolidam numa média de 5 ou 6 semanas. A cirurgia não faz com que a cicatrização seja mais rápida, ela só permite um menor tempo de imobilização e que a reabilitação seja feita mais cedo.

No caso de esportes de contato e que exijam uma força extrema da mão, sabe-se que a resistência do osso só será a mesma de antes da lesão em 3 meses, aconselhando-se afastamento das atividades de risco por esse período. A Laís passou por uma cirurgia no Hospital Samaritano, procedimento realizado pelo Dr. João Nakamoto, em São Paulo.

Na figura mostro uma fratura oblíqua do quarto metacarpo que resultou de uma torção forçada do dedo. Não é o exame da Laís e sim um exemplo de fratura de metacarpo.

Ossos na mão numerados

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A mão do ser humano divide-se basicamente em três partes: carpo, metacarpo e dedos.
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Na estrutura da mão de uma pessoa, existe uma grande quantidade de ossos que atuam em conjunto.
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O homem é o ser mais evoluído do nosso planeta, sendo que dentre os diversos fatores que nos diferenciam das outras espécies é a habilidade de nossas mãos.
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Graças a um complexo conjunto de ossos e músculos existentes nas extremidades dos membros superiores, podemos realizar delicados trabalhos de precisão, pois temos a cacidade de realizar os chamados movimentos de pinça, diferentemente de outras espécies que não possuem esta capacidade. Tendo sido este, um importante diferencial para a nossa evolução e superioridade.
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Observe na imagem abaixo, quais são os principais ossos do esqueleto da mão de uma pessoa.

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1-
Rádio
2-
Cúbito
3-
Escafóide
4-
Semilunar
5-
Piramidal
6-
Pisiforme
7-
Trapézio
8-
Trapezóide
9-
Capitato
10-
Unciforme
11-
Metacarpo
12-
Metacarpo
13-
Falange
14-
Falange
15-
Falangeta
16-
Falanginha
17-
Falanginha
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Tratamento para fratura de mão

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mao_enfaixada.jpg

A extremidade do nosso membro superior é sujeito a muitos traumas. Por isso as fraturas do metacarpo e da falange correspondem a 80% das fraturas da mão.
O tratamento pode ser por meio de imobilizações com talas, espadrapagens e órteses para fraturas estáveis e com pouco desvio. Fraturas instáveis ou com desvio devem ser tratadas cirurgicamente para a preservação da função da mão.
A fratura mais comum do punho é a fratura da extremidade distal do rádio. Geralmente isto ocorre em quedas com impacto no punho de paciente feminino pós-menopausa com algum grau de osteoporose ou acidentes com dissipação de alta energia no punho de pacientes jovens. Uma boa parte das fraturas do rádio é articular, instável e com desvio. Estas fraturas devem ser reduzidas sob anestesia e fixadas cirurgicamente.

Complicações da fratura de escafóide

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http://ossosdooficio.com.br/wp-content/uploads/2012/07/ESCAFOIDE-QUEDA1.jpg

As fraturas do escafoide ocorrem na maioria das vezes em acidentes com a mão dorsifletida, como em quedas ao solo com a mão espalmada ou por golpes de objetos pesados nesta posição, como por exemplo em goleiros no futebol de salão. Quando as fraturas ocorrem em acidentes de baixa energia como nas quedas ao solo o indivíduo refere dor discreta no punho no dorso no lado radial (dor no dorso do escafoide ou na tabaqueira anatômica). Os paciente podem referir, ainda, dor à compressão longitudinal do polegar. A estes sintomas na fase inicial do atendimento é imputada sensibilidade de 100%.

A necrose avascular é uma complicação comum da fratura do escafoide. O risco de necrose avascular depende da localização da fratura.

  • Fraturas no 1/3 proximal possuem uma maior incidência de necrose avascular.
  • Fraturas no 1/3 médio possuem risco moderado.
  • Fraturas no 1/3 distal são raramente complicadas por necrose avascular.

Protocolo de reabilitação para o tratamento conservador da fratura de Colles

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http://3.bp.blogspot.com/-j9aOgWiib00/T8_odd7iGQI/AAAAAAAAAMo/RLma1BrL8qY/s1600/2.png

Fase aguda (0-8 semanas)
Objetivos: Proteção com tala para o antebraço; controlo da dor e do edema; manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro.
Intervenções
  • Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro
  • Elevação de mão e dedos para controlar o edema
  • Remover tala para o antebraço entre 6-8 semanas


Fase sub-aguda
Objetivos: controlo da dor e edema (TENS , gelo); ganho de amplitude de movimento; retorno progressivo às atividades da vida diária (AVDs)
Intervenções
  • Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro
  • Mobilização para flexão/extensão do punho, supinação/pronação do antebraço
  • Mobilização passiva de baixa carga e alongamento prolongado


Fase final
Objetivos: Recuperar a totalidade da amplitude de movimento; iniciar o fortalecimento; retorno total às atividades da vida diária (AVDs)
Intervenções
  • Continuar todos os exercícios de amplitude de movimento
  • Progredir para o fortalecimento de todas as articulações

Modalidades


Crioterapia
A crioterapia também pode ser combinada com compressão e elevação para tratar o edema e a dor. Deve ser aplicada à área entre 10-15 minutos, em intervalos de 2 horas.

Massagem para o edema
Pode ser realizada 3x/semana durante 4 semanas seguido por 2x/semana por 2 semanas. Neste estudo todos os tratamentos foram combinados com exercícios de fortalecimento e alongamento. A massagem para o edema deve ser realizada em primeiro lugar, com atenção à anatomia do sistema linfático.

Estimulação Elétrica
O uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) pode ser iniciado em qualquer fase da reabilitação para tratar a dor, mas é particularmente útil para os pacientes que estão a aumentar o nível de atividade do punho. O TENS convencional é útil para interromper o ciclo de dor através de uma sessão de tratamento prolongado.

Protocolo de reabilitação para o tratamento cirúrgico da fratura de Colles

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http://2.bp.blogspot.com/-1tixB-En3_I/Umb0pguY6RI/AAAAAAAAEBk/ZXCVS0pIJVk/s1600/colles.jpg



Fase aguda (1-3 semanas)
Objetivos: proteger a sutura cirúrgica; controlo da dor e do edema (TENS e gelo); manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro
Intervenções
  • Elevação
  • Mobilização passiva suave de punho e antebraço
  • Mobilização ativa dos dedos, cotovelo e ombro
  • Imobilização estática a 300 de extensão do punho para durante o dia
  • Retorno gradual a AVDs que envolvam pesos menores que 2Kg


Fase sub-aguda (4-7 semanas)
Objetivos: protecção; controlo da dor e edema (TENS , gelo, massagem); aumentar a amplitude de movimento;
Intervenções
  • Mobilização passiva de carga baixa e alongamentos prolongados dos movimentos do punho
  • Interromper progressivamente o uso da tala
  • Aumentar as AVDs dentro da tolerância do paciente


Fase final (8-12 semanas)
Objetivos: amplitude de movimento completa; começar o fortalecimento
Intervenções
  • Mobilização ativa de todos os movimentos do punho progredindo para exercícios isométricos e, em seguida, exercícios resistidos com halteres e elásticos
  • Fortalecimento da preensão plantar
  • AVDs avançadas


Modalidades


Crioterapia
A crioterapia também pode ser combinada com compressão e elevação para tratar o edema e a dor. Deve ser aplicada à área entre 10-15 minutos, em intervalos de 2 horas.

Massagem para o edema
Pode ser realizada 3x/semana durante 4 semanas seguido por 2x/semana por 2 semanas. Neste estudo todos os tratamentos foram combinados com exercícios de fortalecimento e alongamento. A massagem para o edema deve ser realizada em primeiro lugar, com atenção à anatomia do sistema linfático.

Estimulação Elétrica
O uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) pode ser iniciado em qualquer fase da reabilitação para tratar a dor, mas é particularmente útil para os pacientes que estão a aumentar o nível de atividade do punho. O TENS convencional é útil para interromper o ciclo de dor através de uma sessão de tratamento prolongado.

Fraturas de Falanges e Metacarpos

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http://beleza.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/maos-bonitas/maos-bonitas-05.jpg


As fraturas das falanges (fraturas dos dedos) são consideradas as mais frequentes no ser humano. Isto por se tratarem de ossos menores e mais frágeis e por estarem em maior frequência expostos aos traumatismos cotidianos como domésticos, profissionais ou esportivos. A gravidade das fraturas das falanges depende, sobretudo do número de fragmentos envolvidos, do desvio entre estes fragmentos, do comprometimento articular, entre outros fatores. Estes fatores também definem o tratamento a ser instituído, se conservador ou cirúrgico, e no caso de cirurgia qual método de redução e de fixação.

A maioria das fraturas das falanges são de tratamento conservador, e consiste na imobilização em media por 4 semanas seguida de terapia apropriada. Nas fraturas com maior desvio, múltiplos fragmentos, e fragmentos articulares, onde a redução fechada (sem cirurgia) não foi possível, ou onde a imobilização não é capaz de manter a posição dos fragmentos (fraturas instáveis), o tratamento cirúrgico esta indicado, e pode ser caracterizado pela redução incruenta e fixação percutânea com pinos metálicos (sem cortes) ou redução aberta e osteossíntese interna com mini-placas e parafusos de titânio.

O desenvolvimento recente de implantes de maior técnologia com menos espessura, e desenhos mais anatômicos, vêm aumentando as indicações do uso desta técnica, pois permite a mobilização imediata do dedo, com pouco risco de complicações realcionadas aos implantes e consequentemente poucas chances de necessidade de remoção futura destes implantes.

Fraturas do terço distal do rádio: classificação e tratamento

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As fraturas do terço distal do rádio constituem de dez a 12% das fraturas do esqueleto e são, muitas vezes, chamadas genericamente de fratura de Colles. não se levando em conta os vários tipos de fraturas distintas do rádio distal que necessitam considerações terapêuticas diversas e prognósticos diferentes.

De Hipócrates a Pouteau, as fraturas do terço distal do rádio foram consideradas como luxações radiocárpicas. No trabalho póstumo de Pouteau, publicado em 1783, trinta anos antes de Colles ( 1813), a fratura do terço distal do rádio foi brilhantemente descrita, embora apresentasse teoria equivocada a respeito da ação da contração dos dedos(8,14),

Em 1838, Johan Barton descreveu outro tipo de fratura do terço distal do rádio. em que ocorria o comprometimento marginal dorsal do rádio com luxação do carpo, e aventou a possibilidade de se verificar fratura semelhante na face palmar do rádio, que também foi descrita por Leternnier no mesmo ano.

Goyrand. em 1932. e posteriormente Smith, em 1974, descreveram a fratura do extremo distal do rádio em flexão e compressão, fratura inversa à descrita por Colles (1813).

Além desses, vários outros autores descreveram diver-sos tipos de fraturas do terço distal do rádio, como as fraturas marginais laterais.

Ao longo da história, pouca atenção foi dada a esse tipo de fratura nos meios ortopédicos, possivelmente devido aos métodos terapêuticos inadequados e insuficientes para evitar as seqüelas provocadas pelo encurtamento e perda da incli nação ulnal e volar do rádio e, também, pelo fato de acometer pacientes de faixa etária elevada e baixa produtividade econômica na sociedade. Somente nas duas últimas décadas começou-se a dar maior importância à classificação, tratamento e reabilitação funcional dessas fraturas, na tentativa de di minuir o número de seqüelas e o tempo de afastamento do trabalho desses pacientes.

Vários autores tentaram classificar as fraturas do terço distal do rádio(4,6,8,10,12,21) ; entretanto, nenhuma classificação é totalmente aceita, por não possuir elementos suficientes que orientem o tratamento, bem como o prognóstico dessas fraturas. Escolhemos a classificação do grupo AO, que, a nosso ver. abrange os diversos tipos de fraturas distais do rádio e não somente as fraturas do tipo Colles.

Foram propostos na literatura vários métodos de tratamento. entre eles: Jones (1915) propôs a substituição do afixamento e massagem referidos por Colles por redução manipulativa e imobilização gessada com tala dorsal. Bohler (1919) recomeudou tração prolongada, evitando manobras redutivas violentas e, posteriormente. em 1923, adotou o método de redução incruenta e estabilização por fixação transesquelética bipolar nas fraturas cominutivas. Rush & Rush(16) (1949) iniciaram o tratamento com fixação percutânea intramedular. De Palma(7) ( 1952) introduziu um tipo de fixação percutânea transulnal para fraturas instáveis. Sarmiento(11) (1975) recomendou o tratamento pelo método incruento, que inclui imobilização em órtese de plástico termomoldável com supinação do antebraço.

Atualmente, vários fixadores externos têm sido utilizados com maior freqüência. todos baseados no princípio de manutenção da redução por tração rígida e contínua, inicialmente proposta por Bohler, em 1919. Ulson(21) enfatizou o alto grau de instabilidade e preconizou a fixação das fraturas da extremidade distal do rádio, tipo extensão-compressão, com osteossíntese intramedular percutânea e fixação externa. Jakob & Fernandez (11) apresentaram o uso de minifixadores externos nas fraturas cominutivas articulares e o conceito de ligamentotaxia.

O uso de placas de suporte e parafuso foi muito difundido como tratamento de fraturas intra-articulares marginais.

Sennwald & Segmuller(19) apresentaram uma classificação das fraturas do terço distal do rádio, enfatizando a fixação estável e redução anatômica como principal método de tratamento, utilizando fixação interna e externa, dependendo do tipo de fratura,

O objetivo deste trabalho é mostrar nossa experiência no tratamento da fratura do terço distal do rádio, enfatizando a redução anatômica e a reabilitação funcional.

MATERIAL E MÉTODOS
Foram estudados 35 pacientes com fratura do terço distal do rádio, durante o período de julho de 1987 a agosto de 1988. Os pacientes foram atendidos no pronto-socorro do Hospital São Camilo e Hospital São Paulo: dos 35 pacientes, 21 eram do sexo feminino e 14, do masculino: a idade dos pacientes variou entre 26 e 72 anos.

Os pacientes foram avaliados com radiografias em ânteroposterior e perfil da extremidade afetada e, em Seguida, classificados segundo o tipo de fratura, de acordo com a classificação do grupo AO. (fig. 1 e tabela I), Foram oito pacientes classificados no tipo A, 12 no tipo B e 15 no tipo C.

O tratamento instituído estava de acordo com a classificação da fratura, a idade do paciente e a atividade profissional exercida.

As fraturas do tipo A (extra-articulares e estáveis) foram tratadas com redução incruenta, com o paciente sob anestesia troncular e aplicação de gesso axilopalmar por quatro semanas e, posteriormente, gesso antebraquiopalmar por mais duas semanas, com exceção das fraturas tipo A3, que apresentam cominuição dorsal, e dos pacientes idosos, que se comportam como instáveis, os quais foram tratados cirurgicamente com placa e parafusos.

As fraturas do tipo B (intra-.articulares marginais), predominantes em indivíduos jovens, foram tratadas com redução aberta e osteossíntese com placa e/ou parafuso. Após a cirurgia, o paciente foi mantido com tala gessada antebraquiopalmar por três a quatro semanas, quando foi utilizada imobilização removível e iniciada terapia ocupacional por mais duas semanas, ao fim das quais foram reavaliados e retirada a imobilização, Exceção deve ser feita às fraturas do tipo B 1, nas quais a fratura da apófise estilóide não compromete a superfície articular, sendo tratadas com gesso antebraquiopalmar por quatro semanas,

As fraturas do tipo C são intra-articulares extremamente instáveis; nas fraturas do tipo C 1, em que a congruência articular é mantida, procedeu-se à redução aberta e osteossíntese com placa e parafuso; o paciente foi mantido em tala gessada por três a quatro semanas, quando foi retirada a imobilização removível para os exercícios; na quinta semana, os pacientes foram reavaliados e retirada a imobilização.

As fraturas do tipo C2 e C3, que apresentam cominuição intra-articular com perda da congruência articular, foram tratadas com fixador externo tipo AO, sendo usados quatro fios de Schanz, de 2mm, de maneira a formar um ângulo de 40 a 60 graus em relação ao eixo longitudinal da diáfise e de 45 graus entre si.

Nos pacientes idosos, com fraturas dos tipos C2 e C, foram realizadas enxertias ósseas através de incisão de, aproximadamente, 2cm na face lateral do rádio, entre o extensor radial do carpo e o abdutor longo do polegar, com aplicação de enxerfo esponjoso retirado da crista ilíaca homolateral(17,18).


Após a redução, o paciente foi mantido com tala gessada antebraquiopalmar, com dedos livres, por quatro semanas. Iniciou-se terapia ocupacional, objetivando-se a pronossupinação do antebraço, na segunda semana, quando não havia associação com fratura da ulna e flexoextensão dos dedos e cotovelo (15).

A avaliação foi feita segundo os critérios anatômicos de Frykman (l0) modificados por Lidström(12), que consideram desvio radiográfico, encurtamento e desvio radial na incidência AP e inclinação da superfície articular do rádio no perfil (tabela 2), e segundo os critérios funcionais de McBride(13) após seis meses de evolução (tabela 3).

RESULTADOS
O tratamento efetuado foi baseado nos critérios de indicação terapêutica por nós adotados, apoiado na classificação do grupo AO. Os resultados obtidos segundo os critérios anatômicos de Frykman e funcional de McBride são mostrados nas tabelas 4 e 5, respectivamente.

DISCUSSÃO
Na literatura, encontramos várias classificações para as fraturas do terço distal do rádio, mas nenhuma abrange todas as fraturas e nos fornece subsídios para a conduta terapêutica, portanto, padronizamos as indicações terapêuticas baseados na classificação do grupo AO, que, a nosso ver, é o mais abrangente.

Obtivemos alto índice de resultados excelentes e bons em relação aos parâmetros anatômicos de Frykman (91,5%), como em relação aos parâmetros funcionais de McBride (94,4%), mesmo levando-se em conta as fraturas graves, como as dos tipos B e C.

Dentre os pacientes considerados de resultado regular, segundo os critérios anatômicos de Frykman, encontramos duas fraturas do tipo A. Um paciente apresentou, na evolução, quadro de algoneurodistrofia, sendo também considerado como resultado regular segundo os critérios funcionais de McBride; já o outro paciente evoluiu com inversão do ângulo de inclinação dorsal do rádio no perfil: no entanto, apresentou boa evolução, com manutenção do comprimento relativo do rádio, sendo considerado como bom resultado segundo os critérios funcionais de McBride.

O paciente com resultado ruim, segundo o critério anatômico de Frykman, apresentou fratura do terço distal do rádio, tipo C, com exposição óssea e perda da "massa extensora" do dorso do antebraço e punho, apresentando, entretanto, resultado regular segundo os critérios funcionais de McBride.

Devemos salientar que o alto índice de resultados excelentes e bons está relacionado à possibilidade de se fazer fisioterapia e terapia ocupacional assistida precoce, o que sempre foi uma de nossas metas durante o tratamento.

CONCLUSÃO
Com o uso de uma classificação de grande abrangência e fácil interpretação, apresentamos um protocolo com tratamentos distintos nos diversos tipos de fratura do terço distal do rádio. Salientamos a importância de redução anatômica e terapia ocupacional precoce, que são de grande valia para a obtenção de bom resultados funcionais.

REFERÊNCIAS

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Sennwald, G.: L'entité radius-carpe. Springer-Verlag, 1987. p . 225-235.

Smith, R.W.: A treatise on fractures in the viciniti of joints and certain accidental and congenital dislocation. Dublin, Hodges and Smith, p. 62. Apud Watson-Jones: Fraturas. Traumatismo das articulações, Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 1978.

Ulson, H. J. R. :Nota prévia. VIII Cong.Bras. de Cir. da Mão, São Paulo. novembro de 1981. Apud Pardini. A. G. : Traumatismo da mão, Rio de Janeiro, MEDSI. 1985.

Fonte

Entorses de punho e suas consequencias

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Marcado por inchaço e perda de mobilidade, a entorse do pulso é uma lesão comum, dolorosa e o tratamento e recuperação período vai depender da gravidade da entorse. O termo se refere a uma entorse do ligamento que ou foi esticado além de sua capacidade normal, ou até mesmo rasgadas. Os ligamentos são tecidos que seguram juntas juntos. Felizmente a maioria dos entorses podem ser tratados em casa. No entanto, alguns entorses podem exigir cirurgia .

Para o tratamento, médicos , enfermeiros e outros profissionais de saúde usam a sigla " RICE " - repouso, gelo , compressão Ligadura, Elevate - para lembrar os passos para o tratamento de entorses , e essa mesma sigla pode ser aplicado em casa .

Descanso: Evite usar seu pulso até que você já não sente dor

Gelo: Lugar uma bolsa de gelo diretamente em seu pulso imediatamente após ter ferido que , para evitar o inchaço. . No entanto, você não precisa de continuar a congelar seu pulso por um longo período de tempo após a lesão inicial

Ataduras compressivas: comprá-las em qualquer farmácia ou loja de esportes/material medico. Se você não tiver certeza de como aplicar o curativo em seguida, escolher uma manga elástica ou neoprene que você pode deslizar facilmente sobre seu pulso

Eleve : Eleve seu pulso ou acima do nível do peito para ajudar a reduzir e evitar o inchaço .

Só as entorses leves devem ser tratadas em casa. Se a entorse é grave, a visita ao médico é fundamental porque pode haver uma lesão mais grave, como uma fratura óssea. O  nível de dor é um excelente indicador de quando se trata de descobrir o quão sério a entorse é . Se a dor é leve , então você pode tratá-lo em casa. No entanto, se a dor é grave ou mesmo moderada , não deixe de visitar um médico.

O médico irá provavelmente raio- x de seu pulso para garantir que ele não está quebrado. Ele também pode imobilizar ou encaminhá-lo a um cirurgião de mão para a cirurgia se você tem um ligamento rompido .

Se você torcer o pulso muitas vezes, o seu médico pode sugerir a cirurgia reconstrutiva pulso . Estas cirurgias envolvem enxerto de tecido de tendões (tecido que conecta o músculo ao osso ) no ligamento lesado .

Após este tipo de cirurgia seu pulso vai ser imobilizado por um elenco , e quando o elenco é removido você provavelmente vai necessitam de terapia física.

Dica: 6 livros para quem trabalha com Fratura de Mão

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Estivemos dando uma volta para ver o que se tem de literatura para fratura de mão e selecionamos seis livros que vão ajudar (E MUITO!) a quem trabalha com essa especialidade que cada vez tem mais reconhecimento na sociedade.

Confere aí:


Livro - Cirurgia na Mão: Lesões Não-Traumáticas

Cirurgia na Mão: Lesões Não-Traumáticas

A especialidade médica em Cirurgia da Mão ocupa hoje um lugar de destaque na nossa sociedade. Muito sabiamente, o Conselho Federal de Medicina reconheceu-a como uma verdadeira especialidade, pois um cirurgião de mão é aquele médico que, para ter uma formação adequada, necessita uma carga enorme de aprendizado teórico e prático, iniciado na residência em Cirurgia Plástica ou Ortopedia e posteriormente complementado com as bases das Cirurgias Vascular e Neurológica, nos serviços de residência em Cirurgia da Mão.

Livro - Cirurgia e Traumatismo da Mão

Cirurgia e Traumatismo da Mão

Cirurgia da mão - A especialidade médica em Cirurgia da Mão ocupa hoje um lugar de destaque na nossa sociedade. Muito sabiamente, o Conselho Federal de Medicina reconheceu-a como uma verdadeira especialidade, pois um cirurgião de mão é aquele médico que, para ter uma formação adequada, necessita uma carga enorme de aprendizado teórico e prático, iniciado na residência em Cirurgia Plástica ou Ortopedia e posteriormente complementado com as bases das Cirurgias Vascular e Neurológica, nos serviços de residência em Cirurgia da Mão. Traumatismo da mão - Aqui observamos um interesse nesta matéria por parte de vários especialistas, não só em Cirurgia de Mão, mas também em Cirurgia Plástica e Ortopedia, e também daqueles que atendem nos serviços de Pronto-Socorro.

Reabilitação Da Mão

Reabilitação Da Mão

Lesões Tendinosas das Mãos

Lesões Tendinosas das Mãos

No espírito de divulgação científica, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) lança mais uma obra cujo conteúdo é fundamental para ortopedistas.

O Prof. Dr. Rames Mattar Jr. E todos os colaboradores reuniram neste volume uma experiência clínica acumulada e uma bem estruturada revisão bibliográfica atualizada das lesões agudas e crônicas dos tendões, envolvendo também o seu manuseio nos casos de lesões nervosas associadas.

Livro - Terapia da Mão

Livro - Terapia da Mão

Este livro a autora mostra sua Visão Global e filosófica e a terapeutica do conhecimento Anatômico e funcional da mão, imorescindíveis para os médicosa e terapeutas de mão, auxiliando no entedimento das patologia, abordando também os métodos de controles da evolução dos tratamentos

Livro - Mão e Punho - Série Ortopedia Cirúrgica

Mão e Punho - Série Ortopedia Cirúrgica

ste livro da Série Ortopedia Cirúrgica, produzido por grandes nomes da ortopedia e de grande experiência em cirurgias da Mão, tem como objetivo principal ser ferramenta para o profissional de ortopedia que busca qualificação no tratamento cirúrgico especializado de lesões ortopédicas e traumáticas.

Para os profissionais que buscam aprendizado, atualização e revisão, esta obra abrange as técnicas mais importantes, com grande ênfase na parte visual e prática, através de ilustrações no livro impresso e vídeos de cirurgia disponíveis no site www.elsevier.com.br/expertconsult, a fim de facilitar a compreensão e assimilação das técnicas cirúrgicas demonstradas.

Mão, assim como os outros livros da Série Ortopedia Cirúrgica, é ferramenta indispensável para aprimorar o conhecimento do ortopedista no Brasil, melhorando cada vez mais a educação médica continuada e as técnicas cirúrgicas executadas.

Fisioterapia na fratura de escafóide

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Certa vez, atendi no meu consultório um paciente que tinha fraturado a mão. Brincando com o filho, se desequilíbriou, apoiou o corpo com a mão e acabou numa fratura de escafóide.  Não foi a única fratura de mão que atendi na minha ida profissional mas esse paciente deu muito trabalho, simplesmente porque ele era muito indisciplinado. E acreditem: para um fisioterapeuta, não existe coisa pior do que um paciente que não segue as orientações fora do consultório.

O punho é composto por 8 pequenos ossos, posicionados entre os ossos do antebraço e da mão. Existe um osso próximo ao polegar que tem 2 nomes: Navicular ou Escafóide. A fratura desse osso, a fratura do escafóide é caracterizada pelo rompimento da extensão de um osso, ou seja, ele se quebra. Quando esse osso é fraturado, existe uma grande preocupação em relação a sua calcificação, porque a sua irrigação sanguínea pode ter sido comprometida.


Geralmente, o paciente precisará usar aparelho gessado no braço, incluindo o polegar, podendo ou não chegar acima do cotovelo, por pelo menos 12 semanas. Senão houver a calcificação perfeita, a cirurgia é indicada. Outro caso que a cirurgia e indicada é quando ha a necrose avascular, quando alguma parte do osso “morre” pela falta de irrigação sanguínea. É retirado este fragmento do osso ou colocado enxerto e osteossíntese.

Depois desse período, de mais ou menos três meses, o paciente é encaminhado à fisioterapia, para reabilitação funcional da mão. Por estar algum tempo sem movimentar a mão por causa da imobilização, o trabalho da fisioterapia é doloroso e requer paciência.

Veja aqui alguns exercícios


Os exercicios pode ser dividios em exercícios de alongamento e exercícios de construção de força.

Exemplos de exercicios de alongamento
Flexão e distensão do pulso para cima e para baixo: Sente-se em uma cadeira e coloque o pulso lesionado contra o seu joelho (palma da mão virada para baixo). Com a mão aberta, pressione-a para baixo e estique-a por cinco segundos. Em seguida, mova sua mão para cima e estique puxando-a de volta para seu corpo. Faça 10 repetições dos mesmos movimentos com a palma da mão voltada para cima.

Flexão e distensão do pulso para a esquerda e direita: mantendo a mesma posição sentada (palma virada para baixo), mova sua mão para a esquerda e estique-a. Mantenha a posição por cinco segundos. Faça o mesmo movimento para o lado direito. Repita 10 vezes. É importante mover o pulso em todas as direções para recuperar o movimento completo e flexibilidade.

Exercícios de construção de força
Com exceção do exercício de bola, limite os exercícios para duas ou três vezes por semana. Eles vão "rasgar" mais fibras musculares nos braços, que requerem um período de recuperação. Se você não possui halteres, use um martelo ou uma lata de sopa para os dois últimos exercícios.

Aperto de bola: Aperte uma bola de borracha ou de tênis na palma da sua mão. Segure por cinco segundos e depois relaxe. Realize 10 repetições completas. Este exercício de compressão pode ajudar na recuperação de um pulso quebrado.

Rotação de pulso: Sente-se em uma cadeira ou banco com a mão sobre o joelho (palma da mão voltada para cima). Pegue um haltere leve e abaixe-o com apenas o movimento da mão. Levante-o e puxe sua mão em direção a seu corpo enquanto você contrai os músculos de seu antebraços. Repita 10 vezes. Use pesos ligeiramente mais pesados​​ conforme o pulso ficar mais forte.

Rotação inverso de pulso: É semelhante à rotação do pulso regular, só que você vai realizar este exercício com as palmas das mãos viradas para baixo. Novamente, use um haltere leve, pois os músculos extensores que você trabalhará neste exercício não são tão fortes quanto os músculos flexores (exercício anterior). Simplesmente eleve a abaixe o peso, tal como antes, dobrando os músculos na parte superior do movimento. Faça 10 repetições.

Esses exercícios são alguns exemplos que podem ser utilizados. Não significa que eles serão todos usados e nem que eles são indicados para todas as fases do tratamento.  Só o fisioterapeuta vai saber a  hora e a forma de uso,

Boa sorte!

Escrito por Daniela Souto, fisioterapeuta e profissional de Educação Fisica, que escreve no  Faça Fisioterapia, no blog da Educação Fisicaa e atua pela Fisioquality 

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Causas das fraturas dos dedos

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Os dedos são facilmente sujeito a lesões durante as atividades diárias e as lesões dos dedos das mãos estão entre as mais freqüentes em pronto socorro.

A fratura do dedo é muito comum em competições esportivas, acidentes de trabalho e quedas.

Os dedos que se fraturam com mais frequência são o polegar, dedos indicador e médio, enquanto as fraturas do dedo anelar são menos freqüentes.

É possível quebrar um dedo durante um jogo de futebol, basquetebol ou voleibol, se a bola provoca uma distorção.

A causa de uma fratura do dedo pode afetar crianças e adultos e pode ser até um mesmo descuido ao trabalhar com serras, brocas e outras ferramentas.

Considerações importantes sobre Fraturas

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https://ortopediasp.files.wordpress.com/2012/04/fratura-boxer-2.jpg

Você já presenciou a queda de alguém? Soube como agir? Se for caso de fratura – a primeira providência é imobilizar o membro lesionado na posição em que ele está até que o diagnóstico final seja feito no hospital. Colocar uma tala, por exemplo, ajuda também a reduzir a dor, o inchaço e evitar que o machucado desenvolva para algo mais grave.

Nunca se deve tentar colocar o osso na posição correta ou tentar movimentar o membro lesionado – nesse caso, é preciso primeiro ir imediatamente ao hospital. Se, além da fratura, houver ferimento, a recomendação é limpá-lo com água corrente e cobri-lo com material limpo até a chegada do serviço de emergência. Em caso de sangramento abundante, os especialistas explicam que é preciso fazer uma compressão moderada na ferida para estancar o sangue.

Existem ossos mais fáceis de colar e outros que dificilmente se reconstituem sozinhos, como o do quadril, por exemplo. Já os ossos dos braços têm uma vascularização maior, o que facilita a recuperação.

idade da pessoa também influencia na recuperação do osso. Crianças têm maior facilidade de refazer as estruturas por causa dos ossos elásticos e porosos e também porque estão em fase de crescimento, quando a capacidade do corpo de desenvolver é maior do que a do adulto. Já os idosos demoram mais para se recuperar porque, com o passar do tempo, a formação das células ósseas diminui.

No caso das crianças, como a recuperação é rápida, não há a necessidade de uma imobilização mais intensa ou demorada. Porém, é importante que o osso ganhe uma resistência maior para evitar que um novo trauma frature o mesmo lugar – por isso, a imobilização e a medicação ajudam, principalmente no controle da dor para deixá-la mais confortável.


Considerações importantes sobre Fraturas

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https://ortopediasp.files.wordpress.com/2012/04/fratura-boxer-2.jpg

Você já presenciou a queda de alguém? Soube como agir? Se for caso de fratura – a primeira providência é imobilizar o membro lesionado na posição em que ele está até que o diagnóstico final seja feito no hospital. Colocar uma tala, por exemplo, ajuda também a reduzir a dor, o inchaço e evitar que o machucado desenvolva para algo mais grave.

Nunca se deve tentar colocar o osso na posição correta ou tentar movimentar o membro lesionado – nesse caso, é preciso primeiro ir imediatamente ao hospital. Se, além da fratura, houver ferimento, a recomendação é limpá-lo com água corrente e cobri-lo com material limpo até a chegada do serviço de emergência. Em caso de sangramento abundante, os especialistas explicam que é preciso fazer uma compressão moderada na ferida para estancar o sangue.

Existem ossos mais fáceis de colar e outros que dificilmente se reconstituem sozinhos, como o do quadril, por exemplo. Já os ossos dos braços têm uma vascularização maior, o que facilita a recuperação.

idade da pessoa também influencia na recuperação do osso. Crianças têm maior facilidade de refazer as estruturas por causa dos ossos elásticos e porosos e também porque estão em fase de crescimento, quando a capacidade do corpo de desenvolver é maior do que a do adulto. Já os idosos demoram mais para se recuperar porque, com o passar do tempo, a formação das células ósseas diminui.

No caso das crianças, como a recuperação é rápida, não há a necessidade de uma imobilização mais intensa ou demorada. Porém, é importante que o osso ganhe uma resistência maior para evitar que um novo trauma frature o mesmo lugar – por isso, a imobilização e a medicação ajudam, principalmente no controle da dor para deixá-la mais confortável.

Saiba mais sobre o Curso online de Radiologia

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http://imguol.com/2013/04/09/yan-cabral-mostra-como-ficou-sua-mao-apos-uma-fratura-no-tuf-problema-que-o-tirou-do-reality-show-mesmo-vencendo-sua-luta-1365561944276_615x300.jpg


Para se diagnosticar uma fratura de mão, é necessário que o raio-x seja muito bem feito e traga os detalhes da localização e características.

Entender como um exame de imagem é feito e os benefícios que ele pode trazer para o profissional faz com que  blog indique o Curso online de Radiologia e Analise de Imagem e  do Portal Educação.

Profissionais da Radiologia podem agora aprimorar seus conhecimentos e habilidades, basta participar deste curso, que explicará sobre todas as técnicas e propriedades da radiologia, Raios X, radiografia, tomografia computadorizada e outros.

É uma ótima indicação para quem precisa aprimorar a analise de imagens, principalmente da mão.

Até a próxima

Saiba mais sobre cistos na mão ou no punho

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http://i.ytimg.com/vi/0JtLlxP5Rzs/hqdefault.jpg

Os cistos ou gânglios representam 50 a 70% do total de tumores do tecido mole da mão. Geralmente, o cisto está ligado à camada mais profunda da cápsula articular, tendão ou bainha sinovial dos tendões

Os cistos ocorrem com maior frequência no dorso do punho, na região volar radial do punho ou no interior da bainha sinovial dos tendões. Outras regiões também são acometidas, entre elas: articulação interfalangeana proximal, articulação interfalangeana distal, tendão extensor, túnel carpal, túnel ulnar, intra-óssea

Vários tipos de cistos

 A - Cisto ligado à cápsula articular do ligamento escafóide-semilunar.

B - Cisto multilobular, pequeno cisto intra-articular.

C - Cisto com longo pediculo ligado ao ligamento escafóide-semilunar.

D - Cisto ligado ao tecido conjuntivo da cápsula articular.

E - Cisto intra-ósseo.

F - Cisto ligado ao cisto intra-ósseo: é muito raro; a completa incisão é muito importante.

A alteração estética, dor e diminuição da força de apreensão são as queixas mais freqüentes, estando presente o evento traumático em apenas 10% dos casos. Traumas agudos e microtraumas de repetição parecem ser os fatores
etiológicos no desenvolvimento dos cistos, cuja malignidade não tem sido relatada. Esses podem aparecer de forma súbita ou insidiosa e não respondem bem ao tratamento conservador; podem, no entanto, regredir com o repouso ou aumentar com a atividade; finalmente, podem romper-se ou desaparecer espontaneamente.

Fratura de mão em Montanhismo

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http://sbotsp.org.br/imagens_arquivos/082015/31082015_101603.jpg

O montaninho, na escalada, é uma modalidade que exige demais das mãos.

Técnicas de escalada empregadas no montanhismo exigem integridade dos tendões flexores e ligamentos das mãos para suportar forças. Havendo desequilíbrio, as lesões estruturais são inevitáveis. Podem haver rupturas tendíneas e ligamentares, além da inflamação articular por esforço repetitivo, a sinovite. A lesão da placa volar, localizada na base das articulações das falanges das mãos é muito comum e pode levar a dores, instabilidade e crepitações.

A fratura é outra lesão que pode se fazer presente em desequilíbrios e até por uso excessivo no momento da escalada.

A compressão cíclica dos dedos ao agarrar rochas pode levar a uma proliferação celular fibrosa e compressão dos nervos digitais (neurites), com perda de sensibilidade e anestesia. A tração excessiva pode também pode desencadear reação inflamatória degenerativa dos tendões.

O tratamento destas lesões envolvem cirurgias reconstrutivas de tendões e túneis osteo-fibrosos e liberação cirúrgica nervosa nos casos de neurite. A fisioterapia e a terapia ocupacional são necessários para ganho de movimento.

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