As fraturas das falanges (fraturas dos dedos) são consideradas as mais frequentes no ser humano. Isto por se tratarem de ossos menores e mais frágeis e por estarem em maior frequência expostos aos traumatismos cotidianos como domésticos, profissionais ou esportivos. A gravidade das fraturas das falanges depende, sobretudo do número de fragmentos envolvidos, do desvio entre estes fragmentos, do comprometimento articular, entre outros fatores. Estes fatores também definem o tratamento a ser instituído, se conservador ou cirúrgico, e no caso de cirurgia qual método de redução e de fixação.
A maioria das fraturas das falanges são de tratamento conservador, e consiste na imobilização em media por 4 semanas seguida de terapia apropriada. Nas fraturas com maior desvio, múltiplos fragmentos, e fragmentos articulares, onde a redução fechada (sem cirurgia) não foi possível, ou onde a imobilização não é capaz de manter a posição dos fragmentos (fraturas instáveis), o tratamento cirúrgico esta indicado, e pode ser caracterizado pela redução incruenta e fixação percutânea com pinos metálicos (sem cortes) ou redução aberta e osteossíntese interna com mini-placas e parafusos de titânio.
O desenvolvimento recente de implantes de maior técnologia com menos espessura, e desenhos mais anatômicos, vêm aumentando as indicações do uso desta técnica, pois permite a mobilização imediata do dedo, com pouco risco de complicações realcionadas aos implantes e consequentemente poucas chances de necessidade de remoção futura destes implantes.